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terça-feira, 29 de setembro de 2015

CFC propõe alterações na legislação que trata da contabilidade pública

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei do Senado (PLS) 229/2009, que estabelece normas gerais sobre plano, orçamento, controle e contabilidade pública. O objetivo é substituir a Lei 4.320 de 1964, que hoje regula diversos aspectos do Orçamento e da Contabilidade Pública. De autoria do senador Tasso Jereissati, o PLS, entre outros aspectos, aprimora o tratamento dado ao orçamento possibilitando que a gestão fiscal responsável ocorra efetivamente e define que o órgão central de contabilidade da União seja o responsável por editar normas para a contabilidade aplicada ao setor público. O texto está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e tramita com um substitutivo apresentado pelo senador Ricardo Ferraço.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) está propondo aprimoramentos na redação do texto, para que seja observada a prerrogativa do conselho de editar normas de contabilidade no País. Em reunião com a subsecretária de Contabilidade Pública da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Gildenora Milhomem, a vice-presidente Técnica do CFC, Verônica Souto Maior, destacou a importância do aprimoramento e a pertinência do PLS 229/2009. “O texto do senador Ferraço é muito bom, está em consonância com as boas práticas contábeis observadas no mundo, mas como começou a ser elaborado há seis anos, não reflete toda a transformação pela qual passou a contabilidade neste período”, afirmou. O conselheiro Joaquim Bezerra (segundo à esquerda); a vice-presidente Técnica, Verônica Souto Maior (terceira à esquerda); e o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Zulmir Breda (primeiro à direita); com a subsecretária Gildenora Milhomen (ao centro) e membros da equipe da STN A Lei nº 12.249/2010 define o CFC como órgão normatizador da contabilidade brasileira. Em 2005, visando à implementação de convergências das normas brasileiras às internacionais, o CFC criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que tem na sua composição o CFC, a Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), a BM&FBovespa, a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). Com base nos documentos do CPC, o CFC conduziu e consolidou em 2010 a convergência da contabilidade do setor privado às normas internacionais. Também em 2010, em parceria com o Ibracon, o CFC implementou a convergência da auditoria às normas internacionais. No que tange à contabilidade pública, não foi diferente, o CFC, em parceria com a STN, já editou onze normas aplicadas ao setor público, alinhadas às normas internacionais (IPSAS, na sigla em inglês), e está trabalhando no modelo de convergência. Na quarta-feira (23/9), a CAE realizou audiência pública para discutir o PLS 229/2009. Os participantes reforçaram a necessidade de o CFC exercer o papel de normatizador da contabilidade no País e ficou acertado que será criado um Grupo Técnico (GT), formado por representantes dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, da Câmara, do Senado e do CFC, que tratarão de aprimorar o texto para que ele saia da CAE com uma linguagem adequada à legislação vigente.
O coordenador Institucional e conselheiro do CFC, Joaquim Bezerra, falou na audiência pública da CAE O coordenador Institucional do CFC, conselheiro Joaquim de Alencar Bezerra Filho, destacou que o conselho está tecnicamente estruturado e à disposição para participar do grupo. “A ideia é que o GT apresente uma proposta que contemple todos os aprimoramentos necessários aos artigos que tratam do patrimônio e da contabilidade pública, com o intuito de que, diante da parceira já existente entre o CFC e a STN, esta continue fazendo a aplicação prática das normas editadas pelo CFC”, explica ele. O conselho fará uma análise comparativa item a item do projeto, propondo aprimoramentos. Após esta análise, CFC e STN discutirão uma redação unificada para ser apresentada ao GT. A CAE realizará, ainda, duas audiências públicas sobre o projeto. Após aprovado na CAE o texto segue para a Comissão de Assuntos Sociais e, depois de aprovado, segue para a Câmara dos Deputados. FONTE: Postado por: Comunicação CFC Por Juliana Oliveira RP1 Comunicação

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